A Acampada Estudantil presente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, desde 21 de maio, visa colocar três principais exigências ao reitor da Universidade, Amílcar Falcão. Como objetivos, as e os estudantes ativistas pretendem a tomada de “medidas concretas” por parte da instituição de ensino e a sensibilização de toda a comunidade.
Neste sentido, as reinvindicações são de um posicionamento de cessar-fogo imediato e pacífico no território palestiniano ocupado, o hasteamento da bandeira da Palestina na torre da Universidade de Coimbra por tempo indeterminado e a cessação de de relações empresariais, institucionais e universitárias com Israel, nos respetivos programas, acordos e protocolos. Por último, sensibilizar a população para o genocídio em massa.
Nos cartazes distribuídos pelos presentes, o movimento de estudantes dava conta de mais de 363 milhões de euros nos acordos estabelecidos entre as instituições de ensino de Portugal e Israel.
O coletivo de ativistas considera que o hasteamento da bandeira da Palestina reflete “uma expressão de solidariedade e denúncia do massacre e sofrimento de que o povo palestiniano tem sido alvo”.
A conferência de imprensa que decorreu às 18h30 de quarta-feira, 22 de maio, deu a conhecer o parecer negativo da Reitoria na reunião com o grupo de estudantes ativistas.
Nos argumentos apresentados pela Universidade de Coimbra, surge o seguimento do Direito Internacional e que nenhuma bandeira, que não a portuguesa, pode ser hasteada na Torre da Instituição de Ensino Superior.
Na conferência de imprensa, os estudantes manifestaram a boa vontade da Reitoria em recebê-los de novo no dia 23 de maio. A promessa que ecoou foi a de continuar a Acampada Estudantil até que as propostas pró-Palestina sejam aceites.